sábado, 28 de julho de 2018

NEM expande suas atividades na América do Sul e anuncia novo embaixador e evento gratuito no Brasil

O Brasil, apesar de não ter uma regulamentação clara sobre o mercado de criptomoedas, tem atraído enorme atenção de grandes projetos do ecossistema. Como o Criptomoedas Fácil tem mostrado, desde grandes exchanges mundiais como Coinbene, CryptoMarket e Huobi, até criptomoedas líderes no mercado, como Ripple, além de grandes players mundiais como a Bitmain, tem anunciado novos escritórios, operações e investimentos para inserir seus projetos em terras brasileiras.

Seguindo esta tendência, a Fundação NEM anunciou recentemente a integração de mais um embaixador da NEM no Brasil e também o primeiro meetup oficial da criptomoeda em parceria com a Blockchain Academy, uma das instituições de educação do setor de criptomoedas e blockchain mais respeitadas do Brasil. Alex Braz se juntará a João Guilherme Lyra, um dos fundadores da Blockchain Brasil e primeiro embaixador da NEM no Brasil. Braz é desenvolvedor há 15 anos e desenvolvedor blockchain há 4 anos, instrutor de blockchain da Blockchain Academy e certificado em Bitcoin pela Crypto Consortium, com aplicações em Bitcoin e Ethereum / Quórum.
Lyra explica que enquanto ele ficará responsável mais pela parte de relacionamento, contatos e marketing, Braz será o responsável pela parte técnica e de educação sobre os benefícios e diferenciais da NEM frente a outros projetos de criptomoedas. Juntos estão coordenado, em parceria com a Blockchain Academy, o 1° Meetup Oficial NEM em São Paulo, com entrada gratuita, que apresentará o projeto, as soluções, o funcionamento, casos de uso e os aspectos técnicos da NEM e do tokens XEM. O evento acontecerá no dia 01 de agosto, ​das 18h30h às 21h30, na sede da ​Blockchain Academy.
Alex Braz: Tecnicamente é uma blockchain idêntica, com cada bloco contendo um conjunto de transações, um tempo limitado para criação dos blocos e o identificador do bloco imediatamente anterior, diferente dessas outras duas redes, a NEM não tem mineração, a figura do minerador é substituída pelo validador, e o mecanismo de consenso não é o PoW (proof-of-work). Além disso, a NEM conta com muito suporte técnico, documentação atualizada, muitos exemplos em todas as principais linguagens de programação, então entre criar uma nova linguagem e utilizar apenas uma, eles tiveram a conveniente ideia de suportar todas as principais linguagens de programação do mercado.
CF: A NEM não possui mineração, como funciona o mecanismo de consenso?
AB: Na NEM o mecanismo de consenso é o PoI (Proof Of Importance), neste mecanismo de consenso os validadores das transações precisam ter uma quantidade de criptomoedas utilizadas na rede, que são as XEM. A partir de 10 mil XEMs qualquer um pode ser validador na rede, isso se chama Harvesting, além disso para validar as transações e ser remunerado pela soma das taxas, o validador precisa ser ativo na rede, precisa movimentar XEMs e gerar transações, isso é o que faz com que se ganhe importância na rede e aumente a probabilidade de validar os blocos.
CF: E em relação à escalabilidade, a NEM sofre de problemas assim como as blockchain do Bitcoin e do Ethereum?
AB: Está em fase final de lançamento da rede Mijin, que é uma rede extremamente escalável, tanto pública quanto permissionada, nesta rede se pretende iniciar a operação possibilitando a quantidade de 4 mil transações por segundo. Tenho acompanhado o desenvolvimento desta rede, a NEM agregou um time técnico bem capacitado, deu um tempo de desenvolvimento bem adequado e o que vemos como produto final é uma rede bem escalável, confiável e com taxas de transações extremamente baratas.
CF: Você pode falar um pouco sobre o posicionamento global da NEM?
AB: A NEM é muito forte na Ásia (especialmente no Japão), na Europa e na Oceania. Existe um grupo de mais de 10 mil desenvolvedores ao redor do mundo trabalhando em soluções e já existem muitas aplicações prontas para uso corporativo, como sistemas de notorização, votação, mensagens e identidade. A NEM tem aumentado muito sua participação na América Latina e já conta com embaixadores em quase todos os países, tendo uma comunidade muito ativa. Somos em dois embaixadores no Brasil, o João Lyra e eu com mais enfoque técnico.
CF: Qual o principal desafio para que blockchains e criptomoedas deixem a área mais “técnica” e passem a serem usadas por aqueles que não entendem do assunto?
AB: Temos vários desafios, disseminação do conhecimento, ou seja, educação sobre criptomoedas e blockchain, também percebo um gap em UX, precisamos criar aplicações mais fáceis e intuitivas para os usuários finais, para que se utilize criptomoeda no dia-a-dia sem perceber. A NEM tem trabalhado muito em UX, as aplicações que utilizam NEM se concentram na experiência do usuário enquanto que a parte de Blockchain, configuração e criação de tokens fica a cargo da NEM, e de forma bem simples, em cinco minutos você cria seu token e toda a integração já é provida pela NEM. Na parte de comunicação, a NEM pretende fazer diversos eventos pelo Brasil divulgando a solução, que neste momento são atrativas para as empresas pois provê um suporte, uma governança muito próxima do que elas estão acostumadas ao contratar softwares de grandes empresas, e para os desenvolvedores já tem APIs prontas e documentação para facilitar a criação de aplicações.

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